O Dia Internacional da Mulher é uma data que celebra as conquistas e as lutas das mulheres por igualdade de oportunidades. E não é à toa que estamos trazendo alguns livros pra gente aproveitar esse 8 de março e todos os próximos dias pra pensar sobre o que significa ser mulher. Para nós mesmas, mas também em um sentido cultural e histórico. Bora escolher seu próximo companheiro de cabeceira?
- A prateleira do amor, da Valeska Zanello, usa a metáfora da prateleira do amor para explicar as diferenças de gênero nas relações amorosas. Ela analisa como as mulheres são ensinadas a investir sua identidade e autoestima no amor romântico, enquanto os homens são incentivados a buscar outros projetos e interesses. É um pocket book pequeninho, mas é um baita livrão!
- O perigo de uma história única, da Chimamanda Ngozi Adichie, é uma adaptação da primeira palestra que a autora fez no programa TED Talk, em 2009, contando como a leitura de livros estrangeiros na infância fez ela acreditar que as histórias só podiam ter personagens brancos e de culturas diferentes da sua, uma menina nigeriana. Ela defende que as nossas vidas e culturas são compostas de muitas histórias, e que ouvir várias versões nos amplia muito as perspectivas.
- Mulheres, raça e classe, de Angela Davis é um clássico do feminismo negro, que analisa as interseções entre gênero, raça e classe na história das mulheres, desde a escravidão até os movimentos sociais dos anos 1970.
- O segundo sexo, de Simone de Beauvoir, é uma obra clássica do feminismo, que questiona a construção social e histórica da feminilidade, defendendo a liberdade e a autonomia das mulheres. É longuinho, mas vale o tempo investido, a gente garante.
- O conto da aia, de Margaret Atwood, é um romance distópico que retrata uma sociedade teocrática e patriarcal, onde as mulheres são divididas em categorias e submetidas à opressão e à violência. É um tantinho assustador, e deu origem a uma série, também poderosa.
- A origem do mundo, de Liv Strömquist, é uma história em quadrinhos provocativa, que explora a cultura e a política em torno da vagina, desde a antiguidade até os dias atuais. Além de informativo, é muito divertido!
- Manifesto antimaternalista, da Vera Iaconelli, questiona o fato de só as mulheres serem responsáveis pelo cuidado das crianças. É um livro mais denso, com clima psicanalítico, mas bastante interessante pra quem quer refletir sobre a maternidade.
- Maternidade: um romance, da Sheila Heti. É uma viagem pessoal, meio romance, meio ensaio, que a autora fez quando tava chegando perto dos 40 e passou a se questionar se queria ou não ser mãe. Bastante interessante pra refletir sobre o assunto.
- A carga mental e outras desigualdades invisíveis, de Emma Clit, tem ilustrações para mostrar as situações cotidianas em que as mulheres sofrem com a sobrecarga de tarefas domésticas, profissionais e emocionais, enquanto os homens se beneficiam de privilégios e comodidades.
- Os homens explicam tudo para mim, da Rebecca Solnit, usa exemplos pessoais, históricos e culturais para mostrar como o machismo estrutural afeta a vida das mulheres em diversos aspectos, desde situações cotidianas até casos extremos de estupro e assassinato. O livro é uma reflexão crítica, irônica e provocativa sobre a desigualdade de gênero. É potente, de verdade!
E aí, escolheu o seu livro favorito para pensar sobre o que significa ser mulher? Agora vem espiar umas dicas de autocuidado e como iluminar a vida de outras mulheres.